A língua é, sem dúvida, um factor fundamental de integração activa, pois o seu conhecimento, permite o ingresso na comunidade a nível cultural, cívico, político e económico.
É igualmente através do conhecimento da língua que vamos desenhando a nossa identidade individual, que temos acesso às pessoas, aos direitos e aos deveres, enquanto membros de uma Comunidade.
Segundo a definição de Dalmo Dallari, no livro (DALLARI, Direitos Humanos e Cidadania. S.Paulo: Moderna 1998. P.14) “A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo do seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social.”
Assim, e de acordo com Thomas Morus “Nenhum homem é uma ilha”, e porque língua, cultura e cidadania estão interligadas, para o homem, é importante conviver e é a cidadania que vai permitir essa aquisição do conhecimento dos valores e dos direitos, que faculta e ajuda a perceber, a aceitar e a respeitar as regras da plena condição de liberdade de pensamento e de expressão, da dignidade humana e da tolerância, sem, contudo, anular a nossa própria identidade.
Objetivos gerais:
- Proporcionar, numa primeira fase, um Acolhimento que respeite a dignidade humana e que facilite, posteriormente, a Integração de Refugiados e Migrantes;
- Prestar apoio na aprendizagem da língua e da cultura portuguesa, de forma a que a integração na comunidade que os acolheu, seja mais rápida e eficiente;
- Disponibilizar novos e melhores recursos e serviços através de parcerias e dos meios ao nosso alcance;
- Noções de Cidadania;
- Informação e sensibilização das Instituições e da sociedade portuguesa, em geral, para o tema dos Refugiados e Migrantes;
- Em paralelo com o Acolhimento, proporcionar e apostar sempre numa Integração baseada nos Direitos Humanos.
Este projeto está estruturado em 3 eixos principais de intervenção:
1º – Língua
2º – Cultura
3º – Cidadania
Estes eixos de intervenção prevêm as seguintes atividades principais:
- Acolhimento/Integração;
- Apoio língua portuguesa (A1 e A2);
- Cultura geral;
- Cidadania;
- Apoios a vários níveis;
- Atividades na Cáritas;
- Cinema;
- Comemoração do Dia Mundial do Migrante
- Informação e Sensibilização junto das várias entidades, nomeadamente, Arciprestados da Diocese, Escolas, Institutos, público em geral, para a problemática dos Refugiados e Migrantes;
- Comemoração do Dia Mundial do Refugiado, no dia 20 de junho
- Visitas locais e a outras comunidades, a nível do Distrito e da Diocese;
- Participação do Grupo RefugiALACER em teatros e festas, motivando-os e assinalando algumas datas importantes do país de Acolhimento;
- Intercâmbio com outras Cáritas Diocesanas/Paroquiais ou outras Instituições onde se verifique igualmente o Acolhimento/Integração de Refugiados e Migrantes;
- Enceramento das actividades com a organização de um passeio ou festa anual, valorizando os costumes de cada um dos países.