Projectos em Curso
A Ação Social, em geral e também na Igreja, tem assentado mais na promoção das Instituições (apesar de todo o mérito das mesmas) do que no desenvolvimento de grupos organizados para dar respostas e no apoio à luta pela subsistência das pessoas e das famílias.
É verdade que a aposta na Institucionalização da ação social proporcionou estabilidade, contribuiu para melhorar a qualidade dos serviços prestados e tem fomentado a cooperação entre os vários parceiros sociais. Contudo tem sido, de alguma forma, menosprezado alguns aspetos fundamentais:
– A pessoa no seu todo, e a luta pela subsistência;
– Pouco estímulo e qualificação dos grupos de ação social de proximidade;
– O não estímulo da economia de subsistência, admitindo que basta o dinamismo do mercado, para promover empresas.
A realidade mostra-nos que não é assim.
A pobreza persiste e até tem aumentado, o que indicia que devem ser definidas novas estratégias.
É isso que a Igreja católica tem estado a fazer.
A Cáritas ao desenvolver um conjunto de projetos, define uma nova estratégia de ação, decidida e sincera, a “opção preferencial pelos mais pobres”, envolvendo todas comunidades cristãs e rejuvenescendo a pastoral social, tudo isto fortalecido com a criação de laços de comunhão fraterna, dentro e fora da Igreja.
Ora, isto só é possível investindo na organização deste pilar social da Igreja e na formação dos seus agentes.
Neste contexto a Cáritas está a desenvolver três projetos:
– Projeto “+ Próximo”, destinado á organização de grupos de ação social paroquiais e a sua formação inicial e contínua;
– Projeto “Inclusão”, destinado à ajuda, através de ações de formação/informação às pessoas mais carenciadas e que têm sido objeto da nossa preocupação;
– Projeto “GIAS– Grupos e InterAjuda Social”, destinado às pessoas vítimas de desemprego, de emprego precário e pequenos empresários com dificuldade na subsistência da sua atividade.
O Santo Padre, Bento XVI, na sua primeira encíclica “Deus caritas est” – “Deus è Amor” faz a seguinte afirmação:
“ Para a Igreja, a caridade não é uma espécie de atividade de assistência social que se poderia mesmo deixar a outros, mas pertence à sua natureza, é expressão irrenunciável da sua própria essência”