O dia de hoje, 5 de setembro, é o Dia Internacional da Caridade.
A data foi instituída pela ONU em 2012 e comemorada pela primeira vez em 2013, coincidindo com o aniversário da morte da Madre Tereza de Calcutá, vencedora do Prémio Nobel da Paz, como forma de elogiar o seu labor a favor dos Pobres. A Assembleia Geral da ONU estabeleceu esta comemoração, ressaltando que a pobreza é uma ameaça à paz.
Segundo a ONU, “a caridade contribui para sociedades mais inclusivas e resilientes e pode aliviar os piores efeitos de crises humanitárias”, como esta que vivemos nos últimos anos, com a pandemia, a guerra, o aumento desenfreado dos preços da generalidade dos bens de consumo, as alterações climáticas, os fogos florestais, a seca severa, a incerteza e a desordem internacional.
Este dia é um convite a dispor o coração para o serviço da comunidade e de cada um dos seus membros. Por isso, a prática da Caridade está no centro da missão da Cáritas.
Neste ano de 2022, com o agravamento da crise humanitária, torna-se imperativa a necessidade de se fortalecerem as iniciativas de ajuda fraterna às populações mais atingidas e às pessoas mais vulneráveis, não apenas como forma de aliviar o sofrimento, mas também com a consciência de que o serviço caritativo semeia a paz.
Este dia que hoje celebramos, foi criado, precisamente, para reconhecer o papel fundamental das instituições, dos governos e das pessoas de todo o mundo que praticam a caridade e aliviam o sofrimento humano. Convidamos, neste dia, todas as pessoas, a darem-se, a darem algum do seu tempo, do seu saber e dos seus recursos materiais a quem mais precisa.
A Caridade é um dos atos mais louváveis do homem porque contribui para o diálogo e para o entendimento entre as pessoas. Aproxima o coração de todos, contribui para uma atitude sinodal que nos está a ser oferecida pela Igreja – “caminhar juntos”. É um ato que a todos beneficia: aos que dão e aos que recebem.
Diariamente são realizadas ações de solidariedade a favor dos carenciados e as mais diversas iniciativas que ajudam a minorar o sofrimento dos pobres, que crescem em Portugal. São ações de voluntariado, muitas delas organizadas por instituições como a Cáritas.
Neste sentido deixo duas interrogações: como construir e viver numa sociedade mais inclusiva? Como vivenciar o bem comum de forma que a paz se estabeleça em todo o planeta?
Portalegre, 5 de setembro de 2022
Elicídio Bilé