Cáritas reúne fiéis ortodoxos em Portalegre
A iniciativa, promovida pela Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco, em colaboração com o Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes (CLAI) e o Secretariado da Mobilidade Humana, Migrações, Turismo e Minorias Étnicas, contou com uma adesão extraordinária
A Igreja do Seminário de Portalegre acolheu, na gelada noite de Sábado, a celebração de uma missa ortodoxa, aberta a toda a comunidade imigrante.
A iniciativa, promovida pela Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco, em colaboração com o Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes (CLAI) e o Secretariado da Mobilidade Humana, Migrações, Turismo e Minorias Étnicas, contou com uma adesão extraordinária. Estiveram presentes cerca de 110 imigrantes, com as respectivas famílias. Grande parte dos presentes eram búlgaros que, segundo o presidente da Cáritas Diocesana, são a segunda maior comunidade de imigrantes residentes em Portalegre, só superada pela brasileira.
Na celebração marcaram ainda lugar perto de meia dúzia de ucranianos. Isto porque, segundo Elicídio Bilé, a “grande” comunidade ucraniana que se encontrava na nossa cidade “já saiu”.
Após a missa de Natal, que esteve a cargo de um padre ortodoxo de origem ucraniana e de dois seminaristas também de rito ortodoxo, teve lugar a tradicional consoada. Neste convívio de confraternização os imigrantes confeccionaram alguns pratos tradicionais dos seus países, partilhando-os com todos.
Destacando que a noite de Sábado foi um “momento de convívio importante” para os imigrantes, o presidente da Cáritas Diocesana realçou que “eles estão aqui afastados das suas famílias, terras e tradições” e, nesse sentido, “é também muito importante que vivam aqui estes momentos de acordo com os seus ritos próprios e foi isso que lhes quisemos proporcionar”.
Assumindo que esta missa ortodoxa, “pensada há já algum tempo”, deverá ter a sua continuidade no próximo ano, Elicídio Bilé mostrou-se disponível para ajudar os imigrantes que se encontram na nossa região.
“Uma vez que eles contactam muito com a Cáritas e como estão muito próximos de nós, sempre que sentirem necessidade de apoio para a organização de qualquer evento, seja de carácter religioso ou lúdico, podem contar connosco”, afiançou o presidente da Cáritas.
Sem esquecer o programa sobre a Interculturalidade que a Cáritas tem com a Câmara Municipal de Portalegre, e através do qual têm decorridos vários encontros culturais, recreativos e gastronómicos no Mercado Municipal, Elicídio Bilé sublinhou que é preciso que os imigrantes afastados da sua terra natal se sintam “verdadeiramente acolhidos” pelas terras onde procuram uma vida melhor. “Essa é também um pouco a nossa missão, é com este espírito que estamos, mas também tentamos mobilizar aqueles que na nossa sociedade têm também algumas responsabilidades”, vincou o responsável da Cáritas Diocesana.