Dia Mundial do Refugiado 2016
A Cáritas Diocesana de Portalegre – Castelo Branco/Secretariado Diocesano da Pastoral Social e Mobilidade Humana, no âmbito do Projecto “Língua, Cultura e Cidadania” celebrou festivamente o Dia Mundial do Refugiado, na segunda-feira, dia 20 de Junho, no CAEP, com as crianças e os adultos refugiados residentes em Portalegre, em parceria com o Instituto da Segurança Social e com a colaboração da Câmara Municipal de Portalegre.
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Neste dia de festa, estiveram presentes representantes de várias Instituições da região, a Comunicação Social, um Grupo de alunas da Escola Secundária da Sertã, acompanhadas pela Professora de Geografia, algumas dezenas de participantes, assim como os refugiados colocados através da PAR, no distrito de Portalegre, mais concretamente, em Amieira do Tejo e em Elvas, e respectivos responsáveis das instituições que os acolheram.
Também o Senhor Bispo quis dar um abraço e conviver um pouco com as jovens da Sertã e com os refugiados.
De acordo com o programa, este encontro contou, na primeira parte, com uma intervenção do Instituto da Segurança Social e breves testemuhos de alguns refugiados, seguindo-se um momento de flauta, por uma menina da Serra Leoa, uma dança ucraniana, uma canção chinesa e outra paquistanesa, aliás, duas orações de louvor e de agradecimento.
Neste Dia Mundial do Refugiado era quase impossível não ter presente o mapa do mundo e as tão graves convulsões a que, ao longo da História, temos assistido e, porque não, deixar, a todos, a pergunta: Para onde caminhamos, que mapa e que mundo estamos reinventando?
Assim, na segunda parte, face à desumana escravidão que atinge o mundo, o Grupo RefugiALACER esteve em palco denunciando “As Antigas e as Novas Escravaturas”, tema que teve como suporte, um video que permitiu a todos os presentes, um momento de reflexão sobre o que se está a passar, a este nível, praticamente, no mundo inteiro, e, numa ação pedagógica e de sensibilização, mostrou e chamou a atenção para o que poderemos fazer como forma de combater tão actuais e gritantes escravaturas.
E se as escravaturas foram apresentadas ao som do “Coro dos Escravos” da Ópera Nabucco, rasgadas as correntes, símbolo da não Liberdade e do desrespeito pelos Direitos Humanos, de pé, e ao som do ” Hino da Alegria” de Beethoven, as crianças representando os 5 continentes, ergueram o Mundo e acompanhadas pelos presentes, entoaram juntos, a canção “Escuta Irmão”.
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Ainda e sobre a problemática dos refugiados, no cenário mundial actual, e, apesar de todas as vicissitudes, é urgente continuar a desenhar, sem medo, a paz, a liberdade, o amor, o respeito, e, de modo muito especial, ter a capacidade e a coragem de fazer com que todas as pessoas possam nascer, crescer e viver bafejadas por valores tão essenciais.
Curiosamente, e, por mais que custe a aceitar e/ou a compreender, é preciso ter a consciência de que, neste caminhar onde somos amos e escravos modernos, num jeito muito próprio feito de espaços, de busca, de lutas interiores, de uma forma ou de outra, somos todos, ao mesmo tempo, Irmãos e Refugiados, e isto, até mesmo, sem sairmos da nossa casa e do nosso próprio país e precisamos aprender a construir um mundo novo onde imperem sempre a beleza e a magia das cores do arco-iris.
Quase a terminar, um dos momentos altos deste encontro, teve a ver, sem dúvida, com a disponibilidade/liberdade que têm de ouvir e de cantar o hino nacional dos seus países de origem, pois, acreditamos que, apesar de tudo o que tenha acontecido e tenham passado, é fundamental adoçar os seus corações, na esperança de que, um dia, todas essas pessoas poderão voltar a ser felizes no país que as viu nascer e onde têm as suas raízes.
O encontro terminou com um lanche que proporcionou um descontraído convívio entre todos.