Alcains já criou a Cáritas Paroquial
Alcains acaba de criar a Caritas Paroquial, tendo como principal responsável o padre Rui Lourenço. Os órgãos sociais que integram esta estrutura tomaram posse sábado, dia 4 de abril, e começaram já a delinear os passos que querem seguir neste novo projeto, que pretendem ver complemente implementado nos próximos três anos. Esta “é uma resposta a um desafio insistente que o bispo diocesano nos vinha a colocar”, explica o pároco Rui Lourenço, adiantando ainda que o objetivo da Diocese é que houvesse uma representação da Cáritas em todas as paróquias. Por isso, se a Cáritas de Alcains cumprir todos os seus objetivos no terreno, “pode um dia vir a tornar-se numa organização Interparoquial”. João Reis preside à direção, tendo como vice-presidente Ruben Martins, como secretária Ana Isabel Esteves e, como vogais, Florentino Beirão, Lígia Barata, Natalina Gregório e Susana Riscado. Já o conselho consultivo é composto por Amândio Ginja, Juliana Barata, Manuel Coelho e Sílvio Barata.{phocagallery view=category|categoryid=1|imageid=42|detail=3}
O primeiro passo será fazer um levantamento das entidades que já estão no terreno a trabalhar na área social e tentar uma reunião conjunta, para evitar a duplicação de serviços prestados à comunidade.
Mas em termos práticos, já há objetivos defi nidos. “Numa primeira fase há algumas prioridades e vamos tentar a integração das pessoas que estão mais afastadas ou isoladas socialmente, tentando envolve-las em algumas atividades, ou mesmo ateliers de bordados e outros trabalhos, onde se sintam úteis”, avança João
Reis, revelando que “a própria Junta de Freguesia já disponibilizou alguns espaços para a Cáritas poder ministrar algumas formações”. Periodicamente, a Cáritas de Alcains pode organizar ou participar em eventos locais, ou criar uma loja solidária, no sentido de angariar fundos para concretizar a sua missão social, a de ajudar quem mais precisa, com uma intervenção imediata ao nível das necessidades básicas (alimentação ou vestuário). Mas nesta vertente de apoio, a Cáritas de Alcains pode vir, por exemplo, a realizar pequenos arranjos em casas destas famílias carenciadas, ou pessoas que vivem em condições degradadas, como alguns arranjos na instalação elétrica, canalização ou outras intervenções de pequena monta, até porque “o bispo D. Aurélio Granada Escudeiro deixou algum dinheiro à paróquia precisamente para este fi m”. Uma das intervenções que também precisa ser feita, é precisamente na casa do bispo emérito, que também foi deixada à paróquia e, entre outras utilizações, será também ali a sede da Cáritas paroquial de Alcains.
Outro objetivo “é ter uma equipa especializada para trabalhar com temas como a toxicodependência e alcoolismo, sobretudo junto da camada mais jovem”. Os projetos são para ir realizando e “implementando ao longo de três anos, não será para fazer tudo de uma vez só”. Mas outra das metas é conseguir “criar um Banco do Tempo, onde cada pessoa, de forma voluntária, oferece algum tempo dentro da sua especialização (eletricista, carpinteiro, pintor, costureira, professor, entre outros), oferecendo esse seu préstimo a quem mais precisa”. O voluntariado será sempre a palavra de ordem para os colaboradores da Cáritas, mas, alem destes, haverá também os colaboradores que na sua rua, no seu bairro, na sua vizinhança se encarregarão se sinalizar situações socialmente sensíveis. Pode também vir a ser criada a Liga dos Amigos da Cáritas de Alcains, “para funcionar como mais uma ‘almofada’ de conforto em relação ao apoio financeiro necessário para a realização de algum apoio social”, sublinha João Reis.
Contudo, “a caridade cristã será sempre o pilar fundamental de todo este trabalho, senão nem faria sentido. Podemos não salvar o mundo, mas seremos seguramente úteis para alguém”, reitera o padre Rui Lourenço.
Lídia Barata – Jornal a Reconquista