Conclusões do IV Encontro Diocesano da Cáritas
No passado dia 16 de Maio, em Castelo Branco, a Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco realizou o IV Encontro Diocesano da Cáritas sob o lema “A Solicitude Social da Igreja – Um desafio irrenunciável”. Presidida pelo Senhor Bispo – D. Antonino Dias, participaram cerca de 100 pessoas oriundas de toda a Diocese, a maioria, integradas nos grupos Cáritas Paroquiais e outros grupos paroquiais de Acção Social e Caritativa, para além dos párocos de diversas paróquias. Estiveram também presentes os Senhores Presidentes da Câmara e da Junta de Freguesia de Castelo Branco, o Director do Estabelecimento Prisional, o representante da Centro de Segurança Social, entre outras individualidades. No passado dia 16 de Maio, em Castelo Branco, a Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco realizou o IV Encontro Diocesano da Cáritas sob o lema “A Solicitude Social da Igreja – Um desafio irrenunciável”. Presidida pelo Senhor Bispo – D. Antonino Dias, participaram cerca der 100 pessoas oriundas de toda a Diocese, a maioria, integradas nos grupos Cáritas Paroquiais e outros grupos paroquiais de Acção Social e Caritativa, para além dos párocos de diversas paróquias. Estiveram também presentes os Senhores Presidentes da Câmara e da Junta de Freguesia de Castelo Branco, o Director do Estabelecimento Prisional, o representante da Centro de Segurança Social, entre outras individualidades. Tendo como motivo principal a actual crise económica e financeira, o Encontro, foi repartido por três momentos: a reflexão, a partilha e a orientação pastoral. O Dr. Mário Caldeira Dias, Presidente do Observatório Nacional do Emprego e Formação Profissional e membro do Núcleo de Observação Social da Cáritas Portuguesa, fez uma conferência na qual abordou a crise, as suas causas e consequências, tendo apontado alguns dos novos aspectos que caracterizam esta crise em comparação com outras que já vivemos: a globalização e a origem no capital. Apontou a Construção Civil, o Turismo e a Indústria automóvel como os sectores económicos mais afectados, o que contribui para a diminuição drástica do emprego e da estagnação do capital. Outro aspecto relevado foi a da falta de ética e de moral na realização dos negócios, com o consequente agravamento da situação. Referiu que a retoma só deve ser iniciada a partir do segundo semestre de 2010 e o desemprego deverá crescer até meados de 2011. A principal forma de integração das pessoas, mais debilitadas socialmente, é o emprego. Grande parte da pobreza está escondida e não se manifesta nas estatísticas. Como o Estado não pode fazer tudo é necessário que todos contribuamos para atenuar e combater esta crise, já que vivemos 20% acima das nossas possibilidades, diminuindo o endividamento e preservando os valores. A Segunda conferência foi proferida pelo Dr. Eugénio Fonseca, Presidente da Cáritas Portuguesa, que abordou a crise na perspectiva da resposta da Igreja. Da sua comunicação, ressaltaram como aspectos relevantes a necessidade da assistência às pessoas, tendo como objectivo a sua promoção social e a dignidade da pessoa humana. Realçou a Acção Social e Caritativa da Igreja como missão evangelizadora e libertadora, porque não cria dependências. Referiu a necessidade de que cada comunidade cristã deve ter, pelo menos, um grupo organizado para a acção social, já que esta acção deve ser exercida com competência. Referiu a partilha de bens como um desafio e a universalidade como paradigma. Como dinamismos de acção defendeu a envolvência dos pobres na solução dos seus problemas e a denúncia social como meio para a solução dos mesmos. O Presidente da Cáritas Diocesana, Elicídio Bilé abordou os aspectos relacionados com a missão da Cáritas Diocesana, como serviço organizado da caridade. Referiu as diversas actividades desenvolvidas e a necessidade da organização da pastoral social em todas as comunidades, defendendo a dinamização da rede Cáritas já existente na diocese. Abordou a questão do desemprego provocado pela actual crise, e a resposta já organizada e definida, de acordo com as orientações do senhor Bispo, a partir das verbas resultantes da Renúncia Quaresmal. Recomendou a consulta do sítio da Cáritas na Internet em www.caritas.pt/portal/egre, como forma de partilha de informação e comunicação. A encerrar, o Senhor D. Antonino Dias deixou como Orientações Pastorais, a partir do objectivo do Encontro e das questões abordadas, reflectidas e debatidas: o aprofundamento do serviço da caridade como forma de evangelização; a preocupação pelos mais pobres; a devolução da Esperança aos que a estão a perder em face dos acontecimentos; a unidade na acção; a partilha de bens e a oração. A Cáritas Diocesana, em face da avaliação do IV Encontro e das recomendações do Senhor Bispo, começa de imediato a preparação do Encontro do próximo ano.
Portalegre, 16 de Maio de 2009