OBSERVATORIO SOCIAL DO VOLUNTARIADO (OSV)
“Não existe sociedade em mudança que não tenha de se enfrentar com um sem número de situações sociais, geradoras, muitas vezes, de problemas que afectam a vida das pessoas e dos grupos humanos.
Já não se trata hoje de simples casos isolados, outrora facilmente solucionáveis por espontâneas atitudes de solidariedade humana, tão naturais como um gesto normal de bem-fazer.
Esse tempo não passou, mas está a dar lugar a outras formas ditas mais modernas que, após a socialização dos problemas e das situações de carência pretende, por via igualmente socializante, dar resposta institucional, a todos esses problemas e situações.”(MARCELINO, D. António Baltazar;(1985)Problemas Sociais,Problemas de todos nós)
É verdade que por um lado, a nova “civilização “ tem conseguido ir exacerbando individualismos e destruindo formas naturais de solidariedade para com o vizinho e para com o próximo. Mas também é graças ás novas Entidades desta nova “civilização”, que muitos dos problemas ligados á pobreza extrema são corrigidos, e entenda-se, que não é somente a pobreza que normalmente associamos ao dar de comida a quem tem fome, e vestir os nus, mas uma pobreza bem mais abrangente, desde a pobreza nas relações, na ausência de amor, carinho ou afecto, ou de uma simples palavra.
Em muito, estas Instituições colmataram carências sociais, ou atenuaram-nas em grande parte. Conhecemos hoje, bem mais de perto a débil realidade dos que vivem na margem das margens.
Como Serviço da Igreja que somos – destinado á promoção e exercício da sua acção social – e do compromisso entre a sua missão estatutária e a sua natureza organizacional , a Cáritas Diocesana de Portalegre e Castelo Branco criou o Observatório Social do Voluntariado (OSV).
O Observatório Social do Voluntariado na Diocese de Portalegre e Castelo Branco é fruto de um trabalho em equipa que procurou :
-Conhecer as Instituições da Diocese que acolhem voluntários;
– Cadastrar os activos e potenciais voluntários dessas Instituições;
– Dignificar e requalificar a figura do voluntariado social e a prestação de voluntariado;
– Aprofundar o conhecimento das problemáticas referentes ao voluntariado nas Instituições e proporcionar respostas;
-Formar potencias voluntários e reciclar através de acções de formação os antigos. De realçar a importância da formação no voluntariado enquanto instrumento e contributo inegável da instauração de uma “politica de trabalho” responsável, actual e virada exclusivamente para a qualidade no serviço prestado pelo voluntário á pessoa ou grupo necessitado;
– Sensibilizar para a importância do Voluntariado junto das Instituições que o não praticam, através de exemplos e partilha de boas práticas em outras IPSS.
Na prática, o Observatório funcionará como um centro de conhecimento permanente e actual sobre as praticas do voluntariado nas Instituições.
Pretendemos que as Instituições que colaboraram connosco em todo este processo se mantenham vivas através da troca e partilha de informação. Para isso iremos realizar:
– reuniões conjuntas com os presidentes das Instituições da zona de intervenção;
– encontros individuais com cada Instituição, pois cada uma delas tem necessidades e objectivos diferentes;
–reuniões colectivas com entidades e actores locais que não praticam o voluntariado e gostariam de o vir a praticar;
– acções de formação para voluntários e dirigentes de Instituições que os acolhem, por forma a manter sempre, e em permanente actualização toda a informação referente ao universo do Voluntariado.
É nossa intenção que o OSV seja do conhecimento de todos, mesmo para aqueles que não praticam este serviço gratuito e desinteressado – o voluntariado . Por isso, ele estará disponível no site da Cáritas Diocesana: https://www.caritasportalegre.pt/ , já desde o próximo mês de Janeiro de 2007, para quem desejar consultá-lo.
Promover uma cultura de solidariedade e cidadania em prol do desenvolvimento mediante a sensibilização para o voluntariado é um dos grandes objectivos da Cáritas. Porque achamos que a promoção da formação do homem com espírito de iniciativa e entreajuda, capaz de prestar um serviço responsável na comunidade de que faz parte deverá ser uma obrigação de cada um.
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